Orixás
Orisha é uma palavra de origem ioruba para designar um ser sobre-humano ou se referir a um deus. Trata-se de forças personificadas de diferentes formas, nos Terreiros – de acordo com a influência histórica que cada um sofreu. A vibração da água, por exemplo, pode ser subdividida à Oxum (água doce), Nanã Boruquê (pântano ou águas salobras) e Iemanjá (mares). Isso ocorre, semelhante, com Oxóssi no caso da irradiação do reino vegetal. Dessa forma, cada Orixá é considerado um deus que se manifesta através dos elementos da natureza.
Alguns Orixás e Suas Representações
Orixá | Representação |
Oxalá | Orixá do branco, da paz, da fé. (Também chamado de Médium Supremo) |
Oxóssi | Orixá da caça e da fartura. Deus da caça, das matas e selvas. Protetor dos animais silvestres. |
Ogum | Orixá do ferro, da guerra, do fogo e da tecnologia. Deus da sobrevivência |
Iemanjá | Orixá feminino dos mares e limpeza. Dona da fertilidade feminina e do psicológico dos seres humanos. |
Oxum | Orixá dos rios, do ouro, dos recém-nascidos. Deusa das riquezas materiais e espirituais |
Oxumare | Orixá das chuvas, do arco-íris, das transformações. Dono das cobras |
Iansã | Orixá dos raios, dos relâmpagos e das tempestades. Deusa da ventania |
Nanã Buruquê | Orixá dos pântanos e da morte. Protetora dos idosos e dos desabrigados. Também dona da chuva e da lama. Juntamente com Obaluaiyê, dona das doenças cancerígenas. Orixá mais velha da cultura africana |
Omulu | Orixá da cura e da transformação |
Obaluaiyê | Orixá das doenças epidérmicas e pragas |
Xangô | Orixá do fogo e do trovão. Protetor da justiça |
As 7 Linhas Vibratórias da Escola da Vida
O Caboclo Mirim instituiu na sua Doutrina a expressão de Sete Orixás personificados por vibrações manifestadas em diferentes formas no Plano Terrestre. Essas sete linhas derivam do Triângulo da Vida: a representação da Lei de Umbanda pela vida da natureza com suas aplicações – Ação, Reação e Continuação; Tupã, Oxalá, Iemanjá; Sol, Terra e Lua. Essa manifestação vibratória de divide entre outros grupos ou falanges, possibilitando a expressão de variáveis manifestações vibratórias, correspondendo a outros Orixás Menores.
Orixá | Expressão | Manifestação |
Oxalá | Expressão da Inteligência | Manifestação da Vida |
Iemanjá | Expressão do Amor | Continuação da Vida |
Xangô-Caô | Expressão da Ciência | Conhecimento da Vida |
Oxóssi | Expressão da Lógica | Existência da Vida |
Xangô-Agodô | Expressão da Justiça | Condensação da Vida |
Ogum | Expressão da Ação | Direção da Vida |
Iofá | Expressão da Filosofia | Aplicação da Vida |
Muitos escritores da Umbanda relacionam as Sete Linhas aos Orixás, outros preferem relacionar as Sete Linhas com as vibrações e não diretamente a Orixás, já que eles são mais de sete.
O Culto Umbandista
A Umbanda é uma junção de elementos africanos (Orixás e culto aos antepassados), indígenas (culto aos antepassados e elementos da natureza), Catolicismo (o europeu, que trouxe o cristianismo e seus santos que foram sincretizados pelos Negros Africanos), e o Espiritismo (fundamentos espíritas, reencarnação, lei do karma, progresso espiritual e etc).
A Umbanda prega a existência pacífica e o respeito ao ser humano, à natureza e a Deus. Respeitando todas as manifestações de fé, independentes de religião ou credo. Em decorrência de suas raízes, a Umbanda tem um caráter eminentemente pluralista, compreende a diversidade e valoriza as diferenças. Não há dogmas ou liturgia universalmente adotados entre os praticantes, o que permite uma ampla liberdade de manifestação da crença e diversas formas válidas de culto.
As Entidades
As Entidades têm como função trazer as mensagens e fluidos da espiritualidade, na vibração dos Orixás, e assim de Deus. São os espíritos que chamamos de Guias e Protetores, podendo possuir uma vestimenta ou uma roupagem fluídica para que possam se manifestar em terreiros. Essa roupagem fluídica e simbólica é fundamental na Umbanda. Um espírito para se manifestar, enquanto Guia, deverá abrir mão de sua individualidade, ou seja, abrir mão de seu nome do seu eu, de sua identidade enquanto um Ser, para ser um Falangeiro.
Por ser uma religião espiritualista e mediúnica, seus ritos são sempre conduzidos diretamente ou indiretamente por espíritos desencarnados. Mas na Umbanda os espíritos mentores, chamados de Guias, sempre pertencem a uma falange, ou seja, um agrupamento de Entidades que escolhem uma determinada forma para se apresentarem.
Dizemos que a Umbanda é fundamentada em um tripé essencial: são as formas essenciais de apresentação. Iofá (Pretos-Velhos), Caboclos e Ibejadas (Crianças) formam o essencial da Umbanda. Significando o desenvolvimento da vida, a pureza e a simplicidade. A descoberta (infância – Crianças); o amadurecimento a virilidade o destemor, a vontade, o arrojo e a força (adulto – Caboclos); e o amadurecimento, a sabedoria da vivência, a humildade de quem já viveu muito, a experiência e o conhecimento (idade avançada – Pretos-Velhos).
A frente, existem também os Exus e Pombagiras, que são os guardiões assim como nossas Entidades de direita. Complementam e compõem o que chamamos de formas de manifestação primordiais, e que são indispensáveis em qualquer Terreiro de Umbanda.
Com o passar do tempo, outras formas de apresentação foram se formando na Umbanda. Como o Povo do Oriente, os Baianos, Boiadeiros, Ciganos e Marinheiros. Essas formas de apresentação, têm funções e missões distintas, mas sempre subordinadas ao tripé essencial (Pretos-Velhos – Caboclos – Crianças) e assim aos Orixás.